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Obesidade infantil

Obesidade infantil: causas, consequências e como prevenir e tratar

A obesidade infantil é um problema de saúde pública que afeta milhões de crianças e adolescentes no mundo todo. Ela ocorre quando o peso corporal é muito superior ao esperado para a idade e altura da criança, podendo causar diversas complicações físicas e psicológicas. Neste artigo, você vai aprender sobre as causas, as consequências e como prevenir e tratar a obesidade infantil.

O que é obesidade infantil e quais são as suas causas?

A obesidade infantil é definida como o excesso de gordura corporal que prejudica a saúde e o bem-estar da criança. Ela pode ser medida pelo índice de massa corporal (IMC), que é calculado dividindo o peso em quilogramas pela altura em metros ao quadrado. Uma criança é considerada obesa quando o seu IMC é igual ou superior ao percentil 95 para a sua idade e sexo, de acordo com as tabelas de referência da Organização Mundial da Saúde (OMS).

As causas da obesidade infantil são multifatoriais, envolvendo fatores genéticos, ambientais, comportamentais e psicossociais. Alguns dos principais fatores de risco são:

  • Alimentação inadequada, rica em calorias, gorduras, açúcares e sal, e pobre em fibras, vitaminas e minerais.
  • Sedentarismo, ou seja, a falta de atividade física regular, que favorece o acúmulo de gordura no corpo.
  • Fatores genéticos, que podem influenciar o metabolismo, o apetite e a distribuição de gordura no corpo.
  • Fatores hormonais, que podem alterar o equilíbrio energético e o crescimento da criança.
  • Fatores psicológicos, como o estresse, a ansiedade, a depressão, a baixa autoestima e os transtornos alimentares, que podem afetar o comportamento alimentar e a relação com o corpo.
  • Fatores ambientais, como a disponibilidade e o acesso a alimentos saudáveis, o ambiente familiar e escolar, a influência da mídia e da publicidade, e as condições socioeconômicas, que podem interferir nas escolhas e hábitos alimentares da criança.

Quais são as consequências da obesidade infantil para a saúde e a qualidade de vida?

A obesidade infantil pode trazer sérias consequências para a saúde e a qualidade de vida da criança, tanto no curto quanto no longo prazo. Algumas das principais complicações são:

  • Doenças cardiovasculares, como hipertensão arterial, colesterol alto, aterosclerose e infarto.
  • Doenças metabólicas, como diabetes tipo 2, resistência à insulina e síndrome metabólica.
  • Doenças respiratórias, como asma, apneia do sono e insuficiência respiratória.
  • Doenças gastrointestinais, como refluxo, gastrite, esteatose hepática e cálculos biliares.
  • Doenças ortopédicas, como artrite, artrose, dor nas costas e joelhos, e deformidades ósseas.
  • Doenças dermatológicas, como estrias, celulite, acne e infecções de pele.
  • Doenças renais, como nefropatia, cálculos renais e insuficiência renal.
  • Doenças endócrinas, como hipotireoidismo, hipogonadismo e puberdade precoce.
  • Doenças imunológicas, como alergias, infecções e inflamações crônicas.
  • Doenças neoplásicas, como câncer de mama, cólon, próstata, endométrio e esôfago.
  • Doenças psicológicas, como baixa autoestima, isolamento social, bullying, ansiedade, depressão e suicídio.

Além disso, a obesidade infantil pode comprometer o desenvolvimento físico, cognitivo, emocional e social da criança, afetando o seu desempenho escolar, as suas relações interpessoais, a sua autoimagem e a sua felicidade.

Como prevenir a obesidade infantil?

A prevenção da obesidade infantil é fundamental para evitar as suas graves consequências e promover uma vida saudável e feliz para as crianças. A prevenção deve envolver a família, a escola, a comunidade e os profissionais de saúde, que devem orientar e apoiar as crianças e os seus responsáveis na adoção de hábitos saudáveis. Algumas das principais medidas preventivas são:

  • Oferecer uma alimentação equilibrada, variada e colorida, rica em frutas, verduras, legumes, cereais integrais, leguminosas, carnes magras, peixes, ovos, leite e derivados, e pobre em alimentos industrializados, processados, fritos, gordurosos, açucarados e salgados.
  • Estimular o consumo de água e evitar o consumo de refrigerantes, sucos artificiais, bebidas alcoólicas e energéticas.
  • Respeitar os horários das refeições e evitar o jejum prolongado e o consumo de alimentos entre as refeições.
  • Incentivar o consumo de alimentos naturais e caseiros, e evitar o consumo de alimentos de fast-food, lanchonetes, restaurantes e delivery.
  • Controlar as porções dos alimentos e evitar o desperdício e a compulsão alimentar.
  • Promover a atividade física regular, de acordo com a idade, o interesse e a capacidade da criança, preferencialmente ao ar livre e em grupo, como brincadeiras, jogos, esportes, danças, caminhadas, ciclismo, natação, etc.
  • Limitar o tempo de exposição a telas, como televisão, computador, celular, tablet e videogame, e incentivar outras formas de lazer, como leitura, música, arte, teatro, cinema, etc.
  • Garantir um sono adequado, de pelo menos 8 horas por noite, em um ambiente tranquilo, escuro e confortável, evitando o uso de eletrônicos antes de dormir.
  • Acompanhar o crescimento e o desenvolvimento da criança, monitorando o seu peso, a sua altura e o seu IMC, e consultando regularmente o pediatra e outros profissionais de saúde, como nutricionista, psicólogo, endocrinologista, etc.
  • Educar a criança sobre os benefícios de uma vida saudável e os riscos da obesidade, estimulando a sua autonomia, a sua autoconfiança e a sua responsabilidade sobre a sua saúde.
  • Dar o exemplo, adotando hábitos saudáveis na família, e oferecendo amor, carinho, atenção, respeito e apoio à criança.

Como tratar a obesidade infantil?

O tratamento da obesidade infantil deve ser individualizado, multidisciplinar e contínuo, visando a redução do peso corporal, a melhora da saúde física e mental, e a prevenção de complicações e recidivas. O tratamento deve envolver a criança, a família, a escola, a comunidade e os profissionais de saúde, que devem trabalhar em conjunto para alcançar os objetivos propostos. Algumas das principais estratégias de tratamento são:

  • Prescrever uma dieta adequada, de acordo com as necessidades nutricionais, as preferências alimentares e as condições socioeconômicas da criança e da família, priorizando alimentos saudáveis, naturais e caseiros, e restringindo alimentos calóricos, gordurosos, açucarados e salgados.
  • Prescrever um programa de exercícios físicos, de acordo com a idade, o interesse e a capacidade da criança, preferencialmente supervisionado por um profissional de educação física, visando aumentar o gasto energético, reduzir a gordura corporal, fortalecer os músculos e os ossos, melhorar a capacidade cardiorrespiratória e a coordenação motora, e prevenir lesões e doenças.
  • Prescrever uma terapia comportamental, de acordo com as características psicológicas, emocionais e sociais da criança e da família, preferencialmente acompanhada por um psicólogo, visando modificar os hábitos alimentares e de vida, melhorar a autoestima e a autoimagem, resolver conflitos familiares e escolares, prevenir e tratar transtornos alimentares, ansiedade, depressão e suicídio, e promover a motivação e a adesão ao tratamento.
  • Prescrever uma terapia farmacológica, de acordo com a indicação médica, a gravidade da obesidade e a presença de comorbidades, preferencialmente associada a outras medidas não farmacológicas, visando reduzir o apetite, aumentar a saciedade, diminuir a absorção de gordura, acelerar o metabolismo, e tratar doenças relacionadas à obesidade, como diabetes, hipertensão, colesterol alto, etc.
  • Prescrever uma terapia cirúrgica, de acordo com a indicação médica, a gravidade da obesidade e a falha das outras modalidades de tratamento, preferencialmente realizada por uma equipe especializada e experiente, visando reduzir o tamanho do estômago, alterar o trânsito intestinal, diminuir a ingestão e a absorção de alimentos, e corrigir complicações da obesidade, como hérnias, cálculos biliares, etc.
  • Como a obesidade infantil afeta o desenvolvimento da criança?
  • A obesidade infantil afeta o desenvolvimento da criança em vários aspectos, comprometendo o seu potencial de crescimento e aprendizagem, e prejudicando a sua qualidade de vida. Alguns dos principais efeitos da obesidade infantil no desenvolvimento da criança são:
  • Atraso no crescimento físico, devido à deficiência de nutrientes essenciais, ao excesso de hormônios que inibem o crescimento, à sobrecarga mecânica sobre os ossos e as articulações, e à redução da mobilidade e da atividade física.
  • Atraso no desenvolvimento cognitivo, devido à deficiência de nutrientes essenciais, à alteração da função cerebral, à diminuição da oxigenação e da perfusão cerebral, à redução da atenção e da memória, e ao baixo rendimento escolar.
  • Atraso no desenvolvimento emocional, devido à baixa autoestima, à insatisfação corporal, à discriminação social, ao isolamento afetivo, à falta de apoio familiar e escolar, e ao desenvolvimento de transtornos psicológicos, como ansiedade, depressão e suicídio.
  • Atraso no desenvolvimento social, devido à dificuldade de interação, à rejeição dos pares, ao bullying, à exclusão de atividades recreativas, culturais e esportivas, e à limitação de oportunidades profissionais e pessoais.
  • Como a obesidade infantil pode ser evitada na gestação e na infância?
  • A prevenção da obesidade infantil deve começar desde a gestação e se estender por toda a infância, pois é nesse período que se formam os hábitos e as preferências alimentares, e que se estabelecem os padrões de crescimento e desenvolvimento da criança. Algumas das principais ações preventivas na gestação e na infância são:
  • Cuidar da saúde da gestante, evitando o ganho excessivo de peso, o tabagismo, o alcoolismo, o uso de drogas, e o desenvolvimento de doenças como diabetes gestacional, hipertensão gestacional e pré-eclâmpsia, que podem afetar o crescimento e o metabolismo do feto.
  • Realizar o pré-natal adequado, com consultas regulares, exames periódicos, suplementação de ácido fólico, ferro e outros nutrientes, vacinação, orientação nutricional e atividade física, visando garantir o desenvolvimento saudável do feto e da gestante.
  • Promover o aleitamento materno exclusivo até os 6 meses de idade, e complementado até os 2 anos de idade, pois o leite materno é o alimento mais completo, seguro e adequado para o bebê, fornecendo todos os nutrientes, anticorpos, hormônios e fatores de crescimento que ele precisa, além de protegê-lo contra infecções, alergias, obesidade e outras doenças.
  • Introduzir a alimentação complementar a partir dos 6 meses de idade, de forma gradual, variada e balanceada, oferecendo alimentos saudáveis, naturais e caseiros, como frutas, verduras, legumes, cereais integrais, leguminosas, carnes magras, peixes, ovos, leite e derivados, e evitando alimentos industrializados, processados, fritos, gordurosos, açucarados e salgados, que podem causar alergias, intolerâncias, anemias, carências nutricionais, obesidade e outras doenças.
  • Respeitar os sinais de fome e saciedade da criança, evitando forçá-la a comer mais ou menos do que ela deseja, e oferecendo porções adequadas ao seu tamanho e idade, sem exageros ou restrições.
  • Estimular a participação da criança na escolha, no preparo e na degustação dos alimentos, ensinando-a sobre os benefícios e os malefícios de cada alimento, e incentivando-a a experimentar novos sabores, cores, texturas e aromas.
  • Estimular a atividade física desde cedo, proporcionando à criança oportunidades de brincar, se movimentar, explorar, descobrir e se divertir, de acordo com a sua idade, o seu interesse e a sua capacidade, preferencialmente ao ar livre e em grupo, como brincadeiras, jogos, esportes, danças, caminhadas, ciclismo, natação, etc.
  • Limitar o tempo de exposição a telas, como televisão, computador, celular, tablet e videogame, e oferecer outras formas de lazer, como leitura, música, arte, teatro, cinema, etc.
  • Garantir um sono adequado, de pelo menos 8 horas por noite, em um ambiente tranquilo, escuro e confortável, evitando o uso de eletrônicos antes de dormir.
  • Acompanhar o crescimento e o desenvolvimento da criança, monitorando o seu peso, a sua altura e o seu IMC, e consultando regularmente o pediatra e outros profissionais de saúde, como nutricionista, psicólogo, endocrinologista, etc.
  • Educar a criança sobre os benefícios de uma vida saudável e os riscos da obesidade, estimulando a sua autonomia, a sua autoconfiança e a sua responsabilidade sobre a sua saúde.
  • Dar o exemplo, adotando hábitos saudáveis na família, e oferecendo amor, carinho, atenção, respeito e apoio à criança.
  • O que é obesidade mórbida infantil e como tratá-la?
  • A obesidade mórbida infantil é um tipo grave de obesidade, que afeta cerca de 2% das crianças e adolescentes no mundo, e que se caracteriza por um IMC igual ou superior a 40 kg/m², ou a 35 kg/m² associado a comorbidades, como diabetes, hipertensão, apneia do sono, etc. A obesidade mórbida infantil representa um risco elevado de morbidade e mortalidade, e requer um tratamento intensivo e especializado.
  • O tratamento da obesidade mórbida infantil deve seguir os mesmos princípios do tratamento da obesidade infantil, porém com maior rigor e acompanhamento, e com a possibilidade de recorrer a terapias mais invasivas, como a farmacológica e a cirúrgica, desde que haja indicação médica, consentimento da família e da criança, e avaliação de uma equipe multidisciplinar. O tratamento deve visar a redução do peso corporal, a melhora da saúde física e mental, e a prevenção de complicações e recidivas.

Como a família pode ajudar a criança obesa?

A família é um dos principais fatores que influenciam o desenvolvimento da obesidade infantil, pois é nela que se formam os hábitos e as preferências alimentares, e que se estabelecem os padrões de comportamento e de relacionamento da criança. Por isso, a família tem um papel fundamental na prevenção e no tratamento da obesidade infantil, podendo ajudar a criança obesa de diversas formas, como:

  • Oferecer uma alimentação saudável, variada e balanceada, evitando alimentos calóricos, gordurosos, açucarados e salgados, e priorizando alimentos naturais, caseiros e nutritivos.
  • Estimular o consumo de água e evitar o consumo de refrigerantes, sucos artificiais, bebidas alcoólicas e energéticas.
  • Respeitar os horários das refeições e evitar o consumo de alimentos entre as refeições.
  • Controlar as porções dos alimentos e evitar o desperdício e a compulsão alimentar.
  • Promover a atividade física regular, incentivando a criança a se movimentar, brincar, se divertir, e praticar esportes, de acordo com a sua idade, o seu interesse e a sua capacidade.
  • Limitar o tempo de exposição a telas, como televisão, computador, celular, tablet e videogame, e oferecer outras formas de lazer, como leitura, música, arte, teatro, cinema, etc.
  • Garantir um sono adequado, de pelo menos 8 horas por noite, em um ambiente tranquilo, escuro e confortável, evitando o uso de eletrônicos antes de dormir.
  • Acompanhar o crescimento e o desenvolvimento da criança, monitorando o seu peso, a sua altura e o seu IMC, e consultando regularmente o pediatra e outros profissionais de saúde, como nutricionista, psicólogo, endocrinologista, etc.
  • Educar a criança sobre os benefícios de uma vida saudável e os riscos da obesidade, estimulando a sua autonomia, a sua autoconfiança e a sua responsabilidade sobre a sua saúde.
  • Dar o exemplo, adotando hábitos saudáveis na família, e oferecendo amor, carinho, atenção, respeito e apoio à criança.
  • Evitar críticas, cobranças, comparações, culpas, castigos, e recompensas relacionadas ao peso, à alimentação e à atividade física da criança, pois isso pode gerar frustração, ansiedade, depressão e rebeldia, e prejudicar a sua autoestima e a sua autoimagem.
  • Reconhecer e valorizar os esforços, os progressos, as conquistas e as qualidades da criança, independentemente do seu peso, incentivando-a a continuar no caminho da saúde e da felicidade.

Conclusão

A obesidade infantil é um problema de saúde pública que afeta milhões de crianças e adolescentes no mundo todo, e que pode causar diversas complicações físicas e psicológicas, comprometendo a saúde e a qualidade de vida da criança. Por isso, é importante prevenir e tratar a obesidade infantil, adotando hábitos saudáveis de alimentação e de vida, e contando com o apoio da família, da escola, da comunidade e dos profissionais de saúde. Assim, é possível garantir o crescimento e o desenvolvimento saudável da criança, e promover o seu bem-estar e a sua felicidade.

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